Tempo em Algueirão Mem Martins

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quinta-feira, 3 de agosto de 2017

* OpiniaoAMM: Reflexões pessoais pré-autárquicas 2017

Texto Hugo Nicolau
(Responsável/criador deste blog 'Algueirão Mem Martins')




Aproximando-se as eleições autárquicas 2017, e depois de um período que a vila ganhou uma Ciclovia, o Parque Urbano na Cavaleira, brevemente uma Av. Chaby Pinheiro requalificada e onde irá nascer (diz-se) o maior Centro de Saúde do país, e serão construídos 2 Hospitais, o ‘Hospital do Algueirão’ público e o ‘Hospital de Mem Martins’ privado, faço um pequeno resumo das necessidades, no meu ponto de vista, na Vila de Algueirão Mem Martins, que pelo menos deveriam ser discutidos neste período eleitoral: Um Parque Urbano Central, mais estacionamento e a tão prometida Loja do Cidadão…


O pedido de um Parque Central não será fácil de resolver, face a ausência de espaço pública livre para a sua implementação. Perfeito, no meu ponto de vista, seria o espaço em frente ao actual centro de saúde… no entanto trata-se de espaços privados.


Não sendo fácil a criação deste espaço central, já seria positivo a criação de dois espaços mais Periféricos, similares ao recém-criado na Cavaleira: um na Tapada das Mercês e um em São Carlos, elevando a qualidade de vida nestas zonas da freguesia.

O problema do estacionamento e falta de serviços tem afastado a população do centro da vila, ajudando a matar o comércio local e a vivacidade no centro da vila. Um silo-auto seria a solução perfeita, mas onde??? … Mas certamente será também um terreno privado.


E a prometida, pelo governo, ‘Loja do Cidadão’??? Onde está ela? Penso que a renovada ‘Av. Chaby Pinheiro’ merecia receber esse serviço âncora, num edifício que nunca deveria ter sido construído em detrimento do antigo cineteatro.


E quando é que o ‘Mercado de Fanares’ é recuperado e devolvido à população como um mercado do Sec.XXI, com requalificação do espaço envolvente, criando mais uma centralidade na vila?? Com espaço para apoio a criação de start-ups para os moradores da freguesia? Existem outras ideias/propostas para revitalizar o espaço?

E não sendo da responsabilidade da autarquia, mas é urgente a criação de uma corrente de pressão junto das ‘Infraestruturas de Portugal’ para renovação da única estação da ‘Linha de Sintra’ que não foi modernizada. Os utentes da CP de Algueirão Mem Martins merecem melhor…


Registe-se, que este texto é apenas uma opinião pessoal, sem ligação partidária…

segunda-feira, 17 de abril de 2017

* OpiniãoAMM: Nos Tempos dos Salões de Jogos...

Texto Hugo Nicolau
(Responsável/criador deste blog 'Algueirão Mem Martins')




Noutros tempos, anos 80 e início dos anos 90, um dos pontos de encontro entre jovens, eram os salões de jogos… repletos de fumo, sendo assim também uma excelente desculpa para os jovens poderem chegar a casa com aquele cheiro a tabaco, sem a mãe desconfiar que eles já eram fumadores…

Em Mem Martins, tínhamos o ‘Estrela do Minho’, o ‘Pano Verde’, ‘os Ases’, o ‘Armindo’… ou em fuga dos tempos livres na Secundária de Mem Martins, até ao ‘Salão Europa’ na Serra das Minas, mesmo abaixo da antiga ‘escola da rodoviária’, como era conhecida…

Numa época onde a informática ainda não estava ao dispor de todos, não existia internet nem telemóveis, e onde apenas alguns amigos já tinha o seu Spectrum 48k ou já o 128k com leitor de cassetes, a grande parte dos jovens encontravam-se para tardes de snooker, matraquilhos, flipers, ou já algumas máquinas de jogos de arcada, viciando e gastando pequenas moedas de escudo, no ‘space invaders , no ‘pacman‘, no ‘Outrun’,  no mortal kombat’, ou no ‘Italia 90’…

Mas o delírio destes espaços de jogos, já com um espírito um pouco diferente, foi a criação de um espaço de jogos mais familiar, no ‘CascaisShopping’ e mais tarde, mais perto de casa, no ‘Feira Nova de Sintra’… mas a magia perdeu-se… e ficou a memória…

E tu também frequentavas os clássicos salões de Jogos??? Qual era o teu preferido? Memórias…

sábado, 26 de novembro de 2016

* OpiniãoAMM: ‘Come and visit the oldest stop on the Sintra Line’

Texto Hugo Nicolau
(Responsável/criador deste blog 'Algueirão Mem Martins')



Já que a Estação de Algueirão Mem Martins é a mais antiquada da ‘Linha de Sintra’, e como não se ouve notícias para a sua modernização nem projetos para tal, penso que poderiamos usar este argumento para valorizar este antigo apeadeiro da ‘Linha de Sintra’ e a Vila…

Com os comboios a viajarem cheios de Turistas para visitarem a Vila de Sintra, porque não convida-los a visitar o mais antigo apeadeiro, símbolo do passado da ‘Linha de Sintra’, na vila que abraça Sintra?
Come and visit the oldest stop on the Sintra Line’

Reabrir as lojas abandonadas na passagem subterrânea, para mostrar os símbolos que restam de um passado saloio, que se transformou numa vida suburbana, numa cidade multiétnica que cresceu desordenada, mas com um hip hop moderno que nasce pelas ruas da Vila, e ganha projeção por Portugal.

E que tal convidar os Turistas a sair em ‘Algueirão Mem Martins’ e chegar a Sintra de bicicleta? Uma caminhada pela Av. Chaby Pinheiro, e alugar uma bicicleta no inicio da nova ciclovia.

Seria interessante convidar os turistas a sentir a vida de Algueirão Mem Martins e um pouco da sua história, e a sua evolução ao longo dos anos, à semelhança de outros pólos habitacionais que cresceram implantados junto à linha do comboio pela Europa, podendo assim também incrementar a segurança na zona, estimular o comércio local e abrir novas janelas de oportunidade. 


Porque não?





sexta-feira, 18 de novembro de 2016

* OpiniãoAMM: Descansa em paz Floresta Center

Texto Fábio Ventura
(Produtor e técnico de espectáculos)




Aqui podia haver um teatro. Aqui houve um teatro. Agora, lá dentro, só faltam passar aquelas bolas do deserto, como nos desenhos animados. 

Perdi a conta às vezes que corri as escolas dos Castelinhos e dos Bandeirinhas a promover espectáculos, perdi a conta aos amigos que chamei para ajudar, perdi a conta ao dinheiro que gastei, do meu bolso muitas vezes, para fazer acontecer coisas aqui. Passava aqui os meus dias (eu e a malta da Byfurcação, com quem eu trabalhava na altura). Para quê? Para agora isto ser um mamarracho que está em frente à estação das Mercês, a fazer sombra aos passageiros dos comboios. 

Que bonito.
(Inserir insultos e vitupérios aqui)


Um dia recupero o texto que escrevi quando isto fechou e mostro-vos. 

Agora estou só triste. Passar aqui, vir aqui dentro, entristece-me. À séria.
Descansa em paz Floresta Center

domingo, 30 de outubro de 2016

* OpiniãoAMM: ‘Mem Martins? Isso é muito perigoso não é?’.

Texto Hugo Nicolau
(Responsável/criador deste blog 'Algueirão Mem Martins')


Se há algo que me irrita, são os constantes comentários de pessoas que não são daqui, amigos, colegas de trabalho e questionam: ‘Mem Martins? Isso é muito perigoso não é?’.

A vila transmite uma imagem negativa, perigosa que eu penso que não se justifica… no entanto é uma terra que por norma, só é falada na comunicação social por temas negativos. 
Aqui não há coisas positivas?

Existem notícias ou reportagens a salientar as qualidades da vila? Eventos? Cultura? Desporto?

Uma terra que ao longo dos anos foi perdendo a sua vertente ‘saloia’, de zona de férias de gentes de ‘Lisboa’ que aqui vinham respirar os frescos ares da Serra, mas soube bem receber diversas etnias, diferentes nacionalidades, pessoas mais carenciadas. Ainda recentemente, conheci uma sra nonagenária que reside em Lisboa e mantêm a sua casa de férias no Algueirão…  

As gestões autárquicas não souberam valorizar a ‘imagem’ de AMM, certamente dando mais importância a outro tipo de problemas. A imagem da vila tem de ser trabalhada, tem de ser melhorada… é importante/fundamental transformar a ‘imagem’ desta terra, valorizando a nossa história, o nosso passado… Uma terra com uma boa imagem, dará certamente muito mais orgulho em aqui ser residente.

Era tão bom viver numa terra onde temos orgulho de viver…

domingo, 23 de outubro de 2016

* OpiniãoAMM: O Centro de Saúde

Texto Hugo Nicolau
(Responsável/criador deste blog 'Algueirão Mem Martins')


Por Algueirão Mem Martins, um tema quase constante entre a população, já com alguns anos é referente ao Centro de Saúde da Estrada de Mem Martins, que efectivamente ficou parado no tempo, implantado num edifício de habitação com muitas adaptações.
É evidente que a Vila merece melhores instalações, no entanto, o prometido Centro de Saúde na Antiga Fabrica da Messa, no bairro da Eiras, será uma boa solução??? Numa extremidade da Freguesia? Descentralizando mais um serviço do centro da freguesia?

E as pessoas da outra extremidade da freguesia, numa vila onde é claramente visível o envelhecimento da população? Os transportes públicos não são de grande qualidade. E a Câmara Municipal investe na requalificação da Av. Chaby Pinheiro e zonas envolvente para depois afastar os serviços? Incentivando a desertificação da zona típica do comercio tradicional e dando origem a uma zona mais insegura?
Pior que a desadequação do edifício à sua utilidade, a diária fila de espera pela manhã, na rua, independemente do estado do tempo, é um triste cenário para os utentes de todas as idades deste Centro de Saúde…

E o Atrium Chaby abandonado… ali tão perto…


domingo, 29 de maio de 2016

* OpiniãoAMM: Visão (de futuro) para Algueirão Mem-Martins (AMM).

Texto Nuno Maior
(Movimento (Re) Pensa Sintra)





Muitas vezes questiono-me como será AMM daqui a quarenta anos….
Será que as mudanças radicais que assistimos nas últimas décadas (transformação rural para urbana, abandono dos campos para a industria e serviços) na nossa freguesia, e um pouco por todo o concelho vão ser igualmente radicais nos próximos quarenta?

E de que forma serão essas mudanças?
De facto é difícil imaginar o que nos reserva o futuro. No entanto, conseguimos com relativa facilidade apontar algumas tendências, sendo uma delas a forma como produzimos energia e de que forma a aplicamos.


Neste campo, parece consensual uma modificação para um uso cada vez mais generalizado das energias “limpas” e o aproveitamento dessa energia para a mobilidade. No entanto AMM persiste no licenciamento de postos de combustível numa área saturada deste tipo de oferta. Prova disso mesmo, são as mais recentes bombas de combustível do Jumbo e as obras para (mais) umas bombas de combustível junto ao sopé da Serra de Sintra, em Ranholas (IC30)

Que visão de “futuro” é esta que contradiz toda a tendência energética do futuro? Por toda a Europa multiplicam-se os casos de sucesso de investimento em energias “limpas” e no ramo automóvel elétrico. Pelo concelho de Sintra olha-se para o passado (combustível fóssil) como investimento garante de futuro, ignorando a (r)evolução (já) existente.

Sabiam que em AMM (maior freguesia da Europa?) não existe um único ponto de carregamento de veículos elétricos? O que serão destas bombas de combustível daqui a quarenta anos? Estarão abandonadas e devolutas como tantas outras indústrias por AMM (e arredores) que não souberam acompanhar os tempos?

O que falta para alterar esta mentalidade? Talvez uma agenda ambiental devidamente estruturada e que saiba ser inovadora.

Existe tanta vontade em criar “cluster” de conhecimento, inovação e tecnologia, porque não neste campo?

domingo, 15 de maio de 2016

* OpiniãoAMM: O Centro de Mem Martins está anémico!

Texto Paulo Marques
(comerciante)



Nos últimos anos sente-se Mem Martins a definhar. Qualquer pessoa que se passeie ao fim da tarde e ao fim de semana pelo Centro da Vila, sente um estranho sossego, que não o pode deixar indiferente, assustado e inquietado.

As conversas que se ouvem vão todas nesse sentido. O Centro da Vila está anémico, a morrer lentamente. Os estabelecimentos comerciais de referência e com valor acrescentado vão fechando a um ritmo assustador e o que se diz e ouve, com uma insistência preocupante, é o que mais seguirão.

A esta situação não será alheia a forte perda de população jovem que se tem verificado, a qual se deve a muitos factores: encerramento de muitas indústrias, o envelhecimento, desertificação do centro da Vila e a crise económica.  

Os comerciantes de Mem Martins tem uma série reivindicações que será necessário analisar com urgência e discutir profundamente. 

Uma das reivindicações que considero justa e legitima é a criação de parques de estacionamento no centro da Vila e dotar as ruas centrais de parquímetros (com a primeira meia hora gratuita).

A Vila de Algueirão -Mem Martins precisa urgentemente de uma transfusão de vitalidade para diminuir o seu estado anémico e tal só será possível com novas ideias, muito dialogo, equilíbrio de posições e não mais importante com a colaboração de todos.  

Vamos dar Vida à nossa Vila ...........

domingo, 3 de abril de 2016

OpiniãoAMM: O Mercado de Fanares - Um Símbolo Histórico da nossa Freguesia...

Texto Paulo Marques
(comerciante)



Hoje, estão a ressuscitar os mercados de rua por este pais fora , Lisboa por exemplo reconstruiu, modernizou e adaptou às necessidades da população  os seus mercados emblemáticos , hoje vamos ao Mercado de Campo de Ourique ou da Ribeira e vimos estes espaços com muita vida, alegria, cor.

Estes mercados transbordam de pessoas, principalmente de jovens, onde fazem as suas compras para o dia à dia e  almoçam, jantam e divertem -se.

Hoje os mercados tem uma nova identidade, uma nova filosofia, são espaços de encontro entre as pessoas, são locais de Lazer,onde está  aliada a parte comercial à cultura e ao divertimento.

Os Mercados tem novos horários, novas bancas, novos produtos e novos pólos de interesses .

A maior, mais importante e mais industrial e comercial Freguesia do Concelho de Sintra, Algueirão - Mem Martins  tem o seu mercado ao abandono .

A importância dos Mercados nas nossas vilas é enorme. Cria fluxo de pessoas nas ruas. Promove a economia local. Incentiva a criação de novos negócios. Distribui a riqueza. Cria emprego. Faz desenvolver os Projectos mais bem-sucedidos. Promove a qualidade de vida. Cria empregos de proximidade.


Somos da opinião de que o poder local deveria promover a vida dos seus centros urbanos, criando uma dinâmica forte nas vilas e assim tornar as suas localidades mais atraentes e vivas e não seguir pelo caminho mais fácil e por consequência destruir a vila que tem por obrigação de zelar.

domingo, 11 de outubro de 2015

* OpiniãoAMM: A valorização de AMM

Texto Nuno Maior
(administrador do grupo facebook 'Por um Algueirão Mem Martins Melhor')


Aproveitando o primeiro aniversário deste fórum, faço um breve balanço dos textos publicados e verifico com agrado e até com entusiasmo a riqueza de opiniões e a diversidade de pessoas interessadas em pensar a zona, em refletir, em partilhar as suas ideias e em melhorar AMM. Como o José Silveira ou o Célio Ramos que nos transportaram para a nossa própria infância passada em AMM de forma tão diferente das infâncias actuais, e é também essa actualidade e sua problemática que o José ou o Célio se dedicam a analisar, e a contribuir com o seu esforço de cidadania, seja o José na Associação de Moradores da Tapada das Merces, ou o Célio na luta politica com o movimento civico MUDA.

Ou o Paulo Marques, que nos recordou da riqueza e diversidade do comércio local de AMM, que nos últimos anos tem sofrido o declínio a que todos assistimos. Paulo Marques que tanto se tem esforçado por contrariar esse declínio, dinamizando os vários eventos que têm tido existido juntamente com outros pequenos comerciantes.

O Fernando Lebre que nos lembra as “coisas” boas de AMM, mas também não esquecendo as más, e no entanto não perdendo a esperança na melhoria de AMM.

Ou o Tiago Pereira, relembrando que existe vida cultural em AMM, com esforço e dedicação este jovem tenta dinamizar o teatro e dar vida a vila, uma missão tão inglória e difícil. Ou Nelson Lucas regressado do seu “exilio” na capital, chega a casa para prosseguir a sua actividade cultural.

O Nuno Azevedo, incansável lutador pela causa animal, mas também defensor dessa zona esquecida há décadas pela CMS – A Tapada das Mercês.

O Pedro Rocha, com a sua motivação e certeza que juntos podemos lutar por um AMM Melhor. E tantos outros que contribuíram para esta reflexão e que não foram mencionados, mas não esquecidos.

Ao dinamizador e criador Hugo Nicolau, sempre preocupado com AMM, em conhecer pessoas que partilhem desse carinho e preocupação, e a quem não posso deixar uma palavra de agradecimento pela sua entrega e dedicação.
Perdoe-me o Hugo Nicolau por já ter excedido em muito o limite de caracteres, mas não posso deixar de acabar com perguntas e com mais reflexões… O que fazer com estas ideias, opiniões, preocupações?

Como canalizar este esforço para algo concreto, que represente uma vontade, uma união, com um único objetivo claro e despido de outro interesse senão o de contribuir para uma melhoria da qualidade de vida de AMM? 
Resta-me agradecer a todos pelo envolvimento.

domingo, 20 de setembro de 2015

* OpiniãoAMM: Algueirão Mem Martins e Sintra – Notas Soltas

Texto Nuno Maior
(administrador do grupo facebook 'Por um Algueirão Mem Martins Melhor')


1. Área reabilitação Urbana (ARU) de Algueirão Mem Martins (AMM)

Recentemente foi apresentado a ARU para AMM, se no global é um plano interessante e que vai seguramente beneficiar a zona (sugiro a sua consulta), é de assinalar a ausência da reabilitação do Mercado de Fanares, mesmo que a zona envolvente esteja prevista. Igualmente de criticar, é a ausência de uma ciclovia entre a estação da CP de AMM e outros pontos da vila privilegiando este modo de deslocação, inclusive fazendo jus a uma das promessas eleitorais deste executivo – Rede de Ciclovias, a qual até agora (meio do mandato) não vimos resultados.

2. Acolhimento de refugiados no concelho
Basílio Horta anunciou que Sintra estaria disponível para receber refugiados. Comentários racistas e xenófobos não se fizeram esperar, choca-me verificar num pais de emigrantes, onde já se receberam mais de meio milhão de refugiados, não consiga ter a percepção que estas pessoas são refugiadas, fogem da guerra, e do próprio Estado Islâmico.
Sobre isto gostaria de partilhar alguns factos:
Os refugiados de guerra como, neste caso, os Sírios estão protegidos pela Convenção de Genebra, não os albergar é crime humanitário.
A percentagem de Sírios que a Europa prevê receber (350 mil) representam 0,05 do total da população europeia (500 milhões).
O Islão é uma religião com milhões de crentes. Os radicais são uma pequena percentagem, e são igualmente desses que os Sírios fogem, nomeadamente do Estado Islâmico.
Negar ajuda a centenas de milhares porque algumas dezenas são potencialmente extremistas é lógico e humano? Vamos portanto medir todos pela mesma “bitola”? (Crianças inclusive)

3. Provedor Municipal de Sintra, quem?
Está previsto em Sintra existir um Provedor Municipal, que tem por missão “a defesa e promoção dos direitos e interesses legítimos dos munícipes“, e ainda, “O Provedor Municipal é designado pela Assembleia Municipal, por maioria de dois terços dos seus membros em efectividade de funções.” Informação retirada do Regulamento do Provedor Municipal, documento disponível no site da CMS.
Mas se existe a “figura”, se até existe o regulamento…. Por que motivo ainda não foi designado? O que espera a CMS? O que esperam os Partidos com representação na Assembleia Municipal? Consideram que os munícipes não devem dispor desta forma de representação e defesa?

Isto mesmo foi questionado a todos os partidos com representação parlamentar e à Presidência da Assembleia Municipal no dia 2 de Julho, sem que até hoje tenha sido dada resposta.

domingo, 6 de setembro de 2015

* OpiniãoAMM: Os suburbios de uma identidade

Texto Carlos Carracha
(residente na vila)



Descobri há pouco tempo através do meu filho de 15 anos que um rapper de Mem-Martins chamado Bispo se tinha tornado conhecido com uma musica chamada “Mentalidade Free” cujo refrão “ 2725 Algueirão Mem Martins” era cantado por muita gente em Portugal que gosta de hip-hop; a citação é interessante porquanto através de um código postal – naturalmente desligado de qualquer identidade, não passa de um número, se retrata um pouco da forma como os jovens actuais vêem e sentem a sua terra. 

O desenraizamento e a pouca noção da história, dos costumes e tradições – que naturalmente foram sendo apagadas da freguesia, tornam esta identificação com um sítio um tanto ou quanto complexa e desconexa. A minha infância há mais de 40 anos foi passada na rua, conhecíamos os cantos todos de Mem-Martins. Tanto podíamos estar uma tarde a tentar apanhar rãs na fonte de chafurdo junto aos casais de Mem-Martins (fica junto ao Modelo) como a seguir organizávamos um jogo de futebol entre a Praceta Manuel Rodrigues da Silva – que até há cerca de 18 anos era de terra batida, para quem não sabe é a Praceta a seguir ao Millenium BCP - contra o bairro de S.Carlos; no campo velhinho do Mem-Martins Sport Clube e antes de haver a Quinta do Recanto, arranhei muitos joelhos e vi muitos jogos de futebol...até a Escola Primária Guerra Junqueiro ficava encostada ao campo da bola, muitos dias da minha infância foram passados naquelas dezenas de metros quadrados...

Quando falo em identidade percebo que ela é criada pelas coisas que partilhamos e pela forma como nos orgulhamos do espaço em que habitamos porque afinal essa também é a nossa casa e também ela cria a nossa identidade. O futuro passa por defendermos um a um ou juntamente com todos, a nossa capacidade de nos assumirmos como uma comunidade consciente e que se transcende na criação dessa comunhão cívica
.

domingo, 19 de julho de 2015

* OpiniãoAMM: Mem Martins, a terra dos ventos cruzados

Texto Ana Ferreira
(locutora de rádio)



Mem Martins, a terra do vento. Mem Martins, a terra dos buracos. Mem Martins, a terra dos betos. Mem Martins, a terra dos cafés porta-sim porta-sim.

Mem Martins foi onde cresci e vivi durante 39 anos, a minha idade actual. Já lhe chamaram muitos nomes, desde aos já acima referidos a ‘simpática terriola dos subúrbios’, ‘a terra dos saloios urbanos’, sei lá já quantos foram esses nomes. Uns odeiam, outros amam. Eu acho que deviam todos amar...no final de contas é apenas mais um pedacinho de terra deste nosso lindíssimo Portugal. E se está feio ou sem graça (sabemos bem que algumas zonas com especial destaque às mais antigas padecem deste mal que parece ter-se tornado moda: deixar morrer ao abandono o que já não é novo) foi porque assim o permitiram. E se a tendência é para se manter assim mesmo, feio e sem graça, então que duas conclusões se tirem: ou se trata do laisse-faire bem característico da nossa crise de valores crónica ou simplesmente falta de gosto. Pessoalmente, e por muito impossível possa parecer essa junção, acho que é a mesmo a conta matemática que acerta no resultado!

Sou do tempo em que ao pé da minha casa (a dos meus pais para ser mais correcta) avistava o ainda símbolo azul da marca Citroen, tinha uns baloiços em frente a essas instalações, penso que colocados pelo ilustríssimo dono da empresa. Parece-me bem esta imagem. Também sou do tempo em que existiam dois postos de abastecimento no largo da estação, um mesmo em frente a antiga passagem de peões e carros que atravessava a linha do comboio, outra mesmo em frente ao actual 'minipreço'. Isto já não me parece nada bem. E devia ter razão...os postos de abastecimento foram eliminados dessas zonas. Por uns tempos, pensei que finalmente se instaurava algum juízo ainda que lentamente. 

Mas também sou tempo em que em vez de um valente parque desportivo ou de lazer com a qualidade que merecemos e que tanta falta faz aos moradores desta terra, se construiu um outro complexo comercial, aquele em frente ao Lidl mesmo na entrada principal da terra como quem vem de Lisboa. Mas que grande cartão de visita desenharam ali! Isto...também não me parece nada bem. Mas isto...é Mem Martins! Terra do Concelho de Sintra, um concelho com a tal crónica e severa crise de valores.

domingo, 28 de junho de 2015

OpiniãoAMM: Urgente ir p'ra rua

Texto Bruno de Jesus
(residente na vila)



Crescemos na rua, sem as defesas de casa e assim nos tornámos cidadãos sem medo de enfrentar a vida.

Trago à lembrança, a memória de ir para a rua desde os meus 5 anos, jogar à bola com os mais velhos e aí crescer com tudo o que a rua tem de bom e de mau, no fundo como a vida.
Jogávamos horas e horas sem fim, atrás da Alameda D. Afonso de Albuquerque, num largo onde fazia a feira.
Os jogos entre ruas, era uma final da Champions League ali ao vivo.

Esses ensinamentos, entre outros o de chegar a casa com os joelhos esfolados, fazia de nós pequenos homens, que nos tínhamos que safar sozinhos, neste sonho de podermos jogar à bola com os mais velhos.
Esta prática, que parecia insignificante para a nossa vida, era de todo importante.

Agora falta muito isto, e infelizmente temos muitas crianças que são já robots de tanto jogarem computador e de tão pouco conviverem e crescerem com pessoas.

Não nos deixemos vencer pela cultura instalada.
É possível as crianças crescerem e serem livres na rua.

1- Temos que ter filhos
2 - Educá-los com princípios e não "Maria vai com as outras"
3 - Dar liberdade
4 - Deixá-los brincar

Muita da nossa felicidade futura, depende do grau de felicidade da nossa juventude.
Muitos pais, estão a criar autênticas flores de estufa, onde os meninos não podem dar um passo sozinhos, pois tudo é perigoso.

Não nos iludamos a vida que temos para viver é esta, se a vivemos com medo, não foi vivida a 100%.

Assim, aconselho todos os pais que deixem os seus filhos crescerem a brincarem na rua.
É preciso encher as ruas de crianças.

Que façam mais espaços abertos onde se possa jogar à bola, sem vedações... Na rua.

domingo, 7 de junho de 2015

* OpiniãoAMM: O tempo foi passando...

Texto Hugo Nicolau
(Responsável/criador deste blog 'Algueirão Mem Martins')


O tempo foi passando, e as razões para se ter Algueirão - Mem-Martins (AMM) como destino foi mudando com o passar do tempo. Antigamente era usada como local de férias… sim, de férias, pois as gentes de Lisboa adoravam esta pequena aldeia como local aprazível para respirar o ar saudável que emanava da imponente e verdejante serra de Sintra.

O tempo foi passando e a implementação de indústria neste local, transformou a vila num local com muitas oportunidades de trabalho. Por exemplo, existia a fábrica de máquinas de escrever ‘Messa’ que empregava aprox. 1700 trabalhadores… e era a maior empregadora do concelho de Sintra. Tanta gente que eu conheço que trabalhou na ‘Messa’…

Outras fábricas implantaram-se por aqui, e AMM atraiu muita gente para viver por cá… muitas famílias aqui se formaram. Aproveitando esta janela de oportunidade, os antigos proprietários com um pedaço de terreno (minifúndio), e eu conheci alguns, aproveitaram a janela de oportunidade, transformando pequenos espaços agrícolas em prédios feios, implantados num mau urbanismo.

O tempo foi passando… e a economia mundial ditou as suas leis, e algumas fábricas foram reduzindo pessoal, algumas empresas deslocar-se para concelhos limítrofes mais atractivos… e outras simplesmente fecharam… e por aqui reduziu-se a produtividade, dando origem ao consumo…

A construção abusiva, e uma gestão autárquica deliciada com as receitas originadas na construção, não soube guardar um espaço para um jardim central… um espaço digno para um mercado de levante ou para realização de eventos…

Nos dias de hoje, parece-me que o principal ponto de atracção de AMM é o baixo preço das casas… e apesar de ainda existirem condomínios caros e com grande qualidade, são difíceis de vender… pois quem tem mais poder de compra, acaba por escolher outros locais para assentar armas e bagagens.
O tempo foi passando, e por aqui, foram ficando os remediados, os mais velhos e as pessoas que verdadeiramente gostam de viver em AMM… a população envelheceu… e vejo muito amigos e antigos colegas de escola a saírem daqui… e penso: como será o futuro de AMM??

domingo, 24 de maio de 2015

OpiniãoAMM: Dar vida, vivendo em AMM

Texto Pedro Rocha
(membro da assembleia de freguesia)



Tenho vindo a intervir regularmente sobre AMM e não podia deixar de o fazer agora, porque essa é a minha intervenção social, esse é o meu espaço de serviço pública, é nesta Freguesia que cumpro o meu papel social.

O passado ensinou-me a perceber o que não quero mais, como ainda a entender um pouco melhor como fazer o caminho.

AMM é nesta altura um aglomerado de pessoas que não entende o espaço em que habita ou coabita, que mora somente, também num aglomerado de casas desordenado, feio, que pouco ajuda a fazer o caminho da vida, porque não tem outra solução. Solução economicamente condizente com os seus ganhos e anseios. É um procurar de felicidade que nunca acontece, que faz desesperar, que faz doer e nos transforma.

Mas é preciso que comecem a viver, porque de certeza que irão encontrar um outro sentido para vida e, necessariamente, para a “terra” que os acolheu, ajudando a transformá-lo na tal comunidade em que todos temos necessidade de nos rever.

É possível ter uma comunidade em AMM, ou um conjunto de comunidades, estou certo, com um vetor comum: a Freguesia. Temos que lutar por essa realidade, que vai demorar algum tempo, mas irá acontecer de certeza, haja vontade de todos.

Lutar, primeiro com nós próprios, de forma a entendermos realmente o papel de cada um deve ter obrigatoriamente, porque nada aparece por acaso, porque somos nós o motor da vida e, incontornavelmente, da comunidade. Sermos ativos nos clubes existentes, nas comissões de bairro, nas organizações das festas comunitárias, nas Assembleias de Freguesia, nas comunidades religiosas, nos grupos que vão aparecendo um pouco por toda este espaço, grande, para ter força, para ser também entendido na sua força, justa, ambiciosa, interessada, consciente.

Esta luta não é mais que a nossa vontade de construir a vida, a nossa vida social, porque é essa a nossa missão, é essa a nossa obrigação.
e….. “Tentem deixar este mundo um pouco melhor que o encontraram (BP)”. 

Felicidades