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terça-feira, 16 de agosto de 2016

[SapoDesporto] Marta Pen: "Fui uma boa Marta Pen, a melhor que podia ser" [video]

A jovem atleta Marta Pen da freguesia, que deu os primeiros passos no desporto escolar na Escola Mestre Domingos Saraiva no Algueirão, representou Portugal nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, ter ficado eliminatórias dos 1.500 metros



A atleta portuguesa demonstrou-se orgulhosa apesar da eliminação nos 1.500 metros.

A atleta portuguesa Marta Pen assumiu na sexta-feira ter ficado orgulhosa da sua prestação nos Jogos Olímpicos Rio2016, apesar de estar desiludida por ter-se quedado pelas eliminatórias dos 1.500 metros.

“Eu acho que fui uma boa Marta Pen, eu fui a melhor Marta Pen que podia ser e tenho muito orgulho na minha performance. Eu acho que, tendo em conta a minha experiência e aquilo que eu sei, eu dei tudo na pista. Eu não me sinto desiludida, obviamente que sou ambiciosa e quero sempre mais. Não estou envergonhada do que fiz hoje, eu tenho muito orgulho no meu trabalho, no ter representado o meu país e no estar aqui”, referiu.

Na zona mista do Estádio Olímpico, Marta Pen, que foi 36.ª nas eliminatórias, com um tempo de 4.18,53 minutos, referiu que “é uma honra” representar Portugal nos Jogos Olímpicos, mas que acabou por não ficar satisfeita com a sua participação.

“Como disse não vim cá para perder, vinha para pisar a pista o maior número de vezes possíveis, era o meu objetivo e não consegui o meu objetivo. Agora temos de analisar tudo o resto. Estar nuns Jogos Olímpicos é motivo de grande honra e tenho a consciência tranquila que eu, tendo em conta as circunstâncias e as armas que tenho, fiz o maior possível, fiz o melhor, mas se calhar falta-me alguma experiência de correr em provas como esta”, assumiu.

De acordo com a atleta do Benfica, “a prova foi extremamente lenta e estava no meio de atletas extremamente experientes, entre as melhores do mundo, ou não estivesse nos Jogos Olímpicos”.

“Nunca me passou ir para a frente. Houve uma altura em que percebi que eu não tinha maneira por onde escapar. Numa prova como estas ir para a frente podia ser uma missão suicida. (...) Tentei sair várias vezes 'out of trouble' [fora da zona de problemas], como eles costumam dizer, mas não fui muito bem sucedida. Perdi muita energia”, afirmou.

Marta Pen disse que ainda fez “um ataque para ir para a frente, mas a seguir elas atacaram” e gastou “tanta energia” que acabou “por perder um pouco a concentração e quando quis ligar outra vez à prova já era tarde de mais”.

“Quando mais elas avançam e tu ficas para trás, ficas mais desmotivado. Tentei chegar-me à frente o máximo possível, mas numa prova como estas o comboio não volta para trás para te vir buscar”, referiu.

Marta Pen assegurou que representou o país da “melhor forma possível” e que daqui a quatro anos vai “dar tudo por tudo” para estar novamente nos Jogos, “talvez num 'fitness' diferente, podendo ter uma palavra diferente a dar, e com uma experiência diferente, porque quatro anos mudam muita coisa".

“Como disse eu não vim cá para perder, por isso, não posso estar satisfeita, mas estou a tentar aprender ao máximo com esta participação, crescer o máximo com isso. Eu e os meus treinadores vamos analisar a prova, ver em que posso melhor. Eu sei que posso ser tão boa como as outras, aliás eu sou tão boa como as outras, por isso estou nos Jogos Olímpicos”, assegurou.

Campeã universitária dos Estados Unidos nos 1.500 metros, Marta Pen disse que não adianta pensar se poderia ter feito a prova de outra forma, até porque todas as atletas fariam qualquer coissa diferente e o resultado podia ser o mesmo.

“No campeonato dos Estados [em que impôs o ritmo da prova] eu tinha quatro segundos acima de todas, aqui havia tinha pessoas com menos 10 segundos do que eu. Temos de pôr os pés no chão e temos de fazer a nossa corrida e seguir os nossos instintos”, assumiu.

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